sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Arco de paz.

Se te custasse metade. Se exprimisses alguma merda era diferente. Uma merda diferente.
Os outros eram sempre melhores, não em tudo mas naquilo em que eu queria ser bom. Os outros faziam isto e aquilo como deveria ser suposto. Os outros nunca tinham dias maus nem mau feitio. Os gestos incorrectos dos outros tu percebias. Os outros tinham altura ideal e aquele "qualquer coisa" que tanto vos fascina. Os outros nunca me interessaram nem o que lhes saia pela boca nem pelo que pensavam. Nem interessa. Agora então muito menos.
Não são queixas isto. Já quis mudar o mundo mas o mundo mudou-me a mim primeiro.
Engraçado como com o passar do tempo te fechas ainda mais e mudas de assunto quando menos devias. Mas tudo bem, faz como entenderes, sempre quiseste andar por aí "sozinha" e dona do teu mundo com medo de "confiar" essa maravilha com mais alguém. Faz como quiseres, eu não me mexo.
Ficarei onde me pediste e onde quiseste e afirmaste mais que uma vez que seria o mais correcto. Ficarei onde correr riscos nunca será comigo.
Ficarei onde dar asas ou voar nunca será comigo.
Ficarei. Mas não me mexo . No fundo, como sempre me pediste.
Esta merda não era brincadeira de bandido (thug) nem coisa de semanas.
Esta merda era muito. E muito duro foi no que se tornou.
Já sei já sei, sou um bom partido e agora tenho mil e uma qualidades que só agora vais reparando e quando eu por alguma razão vier á baila na conversa dos teus amigos vais dizer que é verdade.
Depois eles chamam-te burra. E tu disfarças, apontas as qualidades todas mas vais dizer que faltou aquele "qualquer coisa" tão famoso. Ele mandam-te calar e voltam-te a chamar burra.
Tu pensas duas vezes e mesmo quando pensas nessa possibilidade eliminas-a o mais depressa possível da cabeça. Não seria correcta essa possibilidade.
E então mudas de assunto para ver se a possibilidade morre de vez. E morre.
E assim, sem exprimires qualquer emoção tipo boneca de porcelana juras a pés juntos que a opção de "amigo" é a melhor de todas.
Tudo bem.
Como já disse eu fico onde me pedes.
Mas lembra-te, o "não", o "é melhor assim...", o "isso passa com o tempo", o "nunca me conquistaste." foi tudo dito por ti...
Não existem culpas é a verdade. Nem culpa na verdade.
Portanto, segue, corre, ri-te, vive, aproveita ao máximo e sê feliz.
Eu?? Nem queiras saber...


Rúben Fonseca.

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